Não sem motivos. A disputa territorial entre ucranianos e russos, que tem a região de Donetsk como epicentro, fez o dono do Shakhtar perder praticamente 60% da sua fortuna, que no caso dele significa a estratosférica quantia de R$ 28,5 bilhões.
Em 2013, Rinat Akhmetov, segundo a revista "Forbes", tinha uma fortuna estimada de US$ 15,4 bilhões (ou cerca de R$ 51,7 bilhões pelo câmbio atual). Hoje, segundo a publicação americana, o magnata tem apenas U$ 6,9 bilhões (R$ 23,2 bilhões)
Akhmetov viu empresas que tinha na Criméia, território que passou da Ucrânia para a Rússia, serem estatizados pelo governo russo.
E vendo sua fortuna virar pó ainda viu as receitas do Shakhtar sofrerem queda drástica. Seu estádio, que custou quase R$ 1,5 bilhão e é um dos mais modernos do mundo, virou palco de ajuda humanitária para afetados pela guerra. O time treina e joga agora a centenas de quilômetros de distância de sua sede.
No lugar da média de mais de 40 mil torcedores por jogo, o time atua agora, em média, para pouco mais de 8 mil fãs por partida.
Assim, o clube, um tradicional comprador, não gastou até agora, segundo o site Transfermarkt, nenhum euro na compra de atletas. Enquanto isso, arrecadou cerca de R$ 170 milhões com a venda de jogadores, incluindo os brasileiros Douglas Costa e Luiz Adriano.
Com o aumento na premiação da Champions, em praticamente 50%, jogar a fase de grupos da competição na edição 2015/2016 significa uma premiação de R$ 44,4 milhões, além de uma fatia no bolo dos direitos de marketing do torneio e a chance de faturar por vitórias: um triunfo na fase de grupos vale R$ 5,5 milhões.
Um desafio e tanto para os oito brasileiros que restam no Shakthar
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