Em 2011, o técnico Marcelo Oliveira chegou à final da Copa do Brasil com o Coritiba contra o Vasco. Perdeu. No ano seguinte, retornou à decisão, novamente com o "Coxa", desta vez contra o Palmeiras. Perdeu de novo. Em 2014, o treinador levou o Cruzeiro à final contra o rival Atlético-MG. Perdeu mais uma vez, tornando-se o primeiro tri-vice-campeão do torneio na história. Na última quarta-feira, Oliveira viu seu Palmeiras eliminar o Fluminense, o que coloca o comandante em sua 4ª decisão de Copa do Brasil. Ainda em busca do primeiro troféu. Marcelo negou ser um "burro com sorte", como costuma dizer o amigo Levir Culpi, exaltou seu próprio desempenho no torneio mata-mata e disse esperar um fim diferente desta vez.
"Nas últimas cinco edições, fui a quatro finais. Neste ano, passamos por Cruzeiro, Internacional e agora Fluminense, que são equipes tradicionalíssimas, instituições grandiosas", discursou.
"Quem está chegando à final, uma hora vai ganhar. Quem não chega, não tem condição. Espero que seja agora. Uma hora eu vou ganhar", completou.
Marcelo também disse que não está trabalhando sob pressão no Palestra Itália. Nos bastidores, havia conversas de que o técnico poderia perder o emprego em caso de queda para o Flu, em pleno Allianz Parque lotado. Experiente, ele garantiu já estar acostumado.
"Já tive 15 anos de pressão dentro do campo, quando fui jogador. Ganhei muitas vezes, perdi outras. Já tenho algum tempo como técnico, isso (pressão) vai ter sempre, ganhando ou perdendo", afirmou.
"Ano passado, o Cruzeiro assumiu a liderança do Brasileiro na 6ª rodada e foi assim até o fim, mas com pressão do começo ao fim. Independente do momento, sempre vai ter pressão. Cabe a nós aguentar, cuidar da saúda e trabalhar lealmente e honestamente, como sempre fiz", acrescentou.
Durante a coletiva, Marcelo Oliveira ainda se irritou e discordou de um jornalista que considerou que o clube alviverde havia jogado mal contra o Fluminense. O técnico defendeu sua equipe e explicou o domínio dos cariocas no segundo tempo.
"A expectativa da semana era que o Palmeiras teria muitas dificuldades, vinha de derrota, tudo isso. A gente ia jogar em casa, precisando de um gol, e ouvi muita coisa sobre uma expectativa de não passar. Nós estamos comemorando a vitória e você está dizendo que o time não foi bem. Eu discordo", bradou.
"Fizemos um primeiro tempo muio bom, demos poucas oportunidades, fizemos gols, tocamos bem a bola e jogamos adiantado. No segundo tempo, pelo fato do Fluminense ser uma excepcional equipe, de muito toque de bola, volantes que marcam e jogam, laterais agudos, eles teriam que sair e pressionar", ressaltou.
O adversário do Palmeiras na final será o Santos, que voltou a vencer o rival São Paulo, desta vez na Vila Belmiro, e também avançou para a decisão. Será a primeira vez que a Copa do Brasil terá um duelo paulista nas partidas derradeiras.
"O time do Santos vem crescendo muito. É hábil, veloz, tem alguns garotos bons de bola e que encaixaram muito bem. Eles vêm conseguindo repetir o time, e isso vem dando um lastro muito bom", ressaltou.
Vale lembrar também que será a segunda vez que Palmeiras e Santos decidirão um troféu em 2015. No Paulistão, o "Peixe" levou a melhor e ficou com a taça.
As finais estão marcadas para os dias 25 de novembro e 2 de dezembro. Os mandos de campo serão definidos em sorteio na sede da CBF, nesta quinta-feira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário